Eu venho aprendendo muito em minhas visitas aos museus, os museus discutem diversos temas, através de diferentes linguagens, pinturas, esculturas, desenhos, fotografia, vídeos, visitar diferentes exposições e diferentes museus são formas de entrarmos em contato com diferentes realidades humanas.
Estive no Tate Modern este ano e uma artista chamou minha atenção, eu ainda não conhecia o trabalho dela a artista japonesa Mari Katayama.
Sempre falo que ir a um museu e tentar entender ou sentir o que o artista deseja transmitir através de sua obra é um ato de empatia, assim venho aprendendo muito sobre nós, sobre a sociedade.
Logo que cheguei vi esta escultura, uma cama com diversos elementos e a artista se apresenta através de uma escultura em tecido.
Observando a escultura podemos perceber a presença de uma prótese em sua perna, assim comecei a compreender a obra e narrativa de Mari Katayama.
Em outro vídeo na exposição, ela apresenta uma brincadeira como se fosse uma brincadeira de vestir uma boneca, e alterar os elementos que ela utiliza.
Gravei um pedacinho do vídeo:
Percebemos que Mari Katayama possui também deficiência em seus dedos, logo estamos observando a arte de uma artista pcd, que através da arte compartilha sua forma de lidar com sua deficiência.
Fui buscar mais informações sobre a artista e aqui esta uma breve descrição:
Mari Katayama é uma artista japonesa multifacetada, conhecida por seu trabalho em escultura e fotografia. Ela nasceu em 1987 Japão. Katayama foi diagnosticada com tibial hemimelia congênita, o que a levou a amputar as pernas aos nove anos. Seu trabalho reflete sua experiência como amputada e aborda temas como imagem corporal, identidade e inclusão.
Abaixo compartilho mais algumas obras que tive contato nesta exposição de Mari Katayama:
Sai de lá pensativo, e vivenciei o poder de uma artista que nos mostra sua luta contra o capacitismo, e quantos outros talentos e pessoas pcds podem se incluir através da arte?
Quanto pensei neste temática e algum artista logo me veio Frida Kahlo na lembrança, fico feliz em ver que o Tate Modern nos trás esta discussão com artistas atuais.
A arte é uma forma de olharmos para a inclusão, para a diversidade, para o que humano, uma forma de olharmos a realidade, e como ela possui esse poder transformador na vida das pessoas.
Por isso hoje escolhi a arte como a base para onde olhar, onde extrair exemplos para assim seguir criando conteúdo, aulas, palestras e assim construirmos um olhar mais plural e diverso.
Agradeço sua leitura!
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